O Google testou com sucesso um sistema de controle de tráfego para aeronaves não tripuladas. Em parceria com a NASA e a Administração Federal de Aviação (FAA), a empresa demonstrou um sistema que determina as rotas dos drones para que eles não colidam entre si, pensando em um futuro no qual nossos céus estarão repletos de pequenas aeronaves.
Os testes foram realizados em um espaço da FAA, no estado americano da Virgínia, onde o Google já operou um protótipo de sistema de entrega por drones, o Project Wing. Além do buscador, a Amazon vem investindo fortemente na tecnologia, utilizando drones e um possível armazém aéreo futuro para conseguir entregar os produtos dos compradores em até 30 minutos.
Segundo relata James Ryan Burgess, um dos responsáveis pelo Project Wing, os testes mostraram que a plataforma desenvolvida pela Google é capaz de gerenciar trajetos complexos de vários drones ao mesmo tempo. Este é um passo importante que pavimenta o caminho para o futuro, no qual muitas aeronaves não tripuladas poderão voar juntas de forma segura”, escreve Burgess. “Ele também torna possível que um único operador — uma pessoa ou uma organização — coloque no ar diversas aeronaves simultaneamente.”
Com milhares de drones do Google e de outras empresas sobrevoando as cidades “dentro de poucos anos”, será necessário ter “sistemas que podem traçar dinamicamente a rota de drones não apenas entre eles, mas também em torno de aeronaves tripuladas, edifícios, terrenos, padrões climáticos e eventos especiais”, diz o Google no blog do Project Wing.
Um diferencial do Google é dispensar a necessidade de um operador intervindo a todo momento: “Os operadores historicamente tinham que afastar suas aeronaves de obstáculos manualmente; em vez disso, demonstramos ontem que a nossa plataforma pode gerenciar automaticamente as rotas de voo de todos esses diferentes tipos de drones, planejando rotas novas e livres se e quando surgir algum conflito”.
O grande trunfo do Google aqui é oferecer uma plataforma que permita depender menos dos controladores de voo ao traçar rotas seguras de forma automática.
O sistema funciona com a ajuda de dados do Google Maps, Google Earth e Street View, pode lidar com áreas de restrição determinadas pelo órgão federal de aviação, e vai utilizar o poder computacional da nuvem do Google para “suportar milhões de rotas e tomar decisões em frações de segundo”. De acordo com Burgess, essa combinação de aplicações permite aos desenvolvedores “criar uma compreensão detalhada do mundo — incluindo construções, estradas, árvores e outros objetos —, necessária para que os drones possam navegar com segurança.”
Para os próximos meses, os criadores da plataforma pretendem refinar ainda mais o sistema, garantindo uma compreensão ainda maior do ambiente no qual as aeronaves não tripuladas circulam. No futuro, espera-se que o Project Wing seja capaz de tomar decisões em frações de segundo para garantir que o cada vez maior número de drones sobrevoando as nossas cabeças faça isso da forma mais controlada e segura possível.
FONTES: [TECMUNDO] [ENGADGET] [TECHSPOT]