Segundo o presidente do iFood, Carlos Moyses, a empresa introduzirá entregas por meio de drones — mas sem dispensar os entregadores — já em outubro deste ano.
As operações começarão no Shopping Iguatemi, em Campinas (SP) e não dispensarão de forma alguma os entregadores tradicionais do serviço. A ideia da empresa é agilizar o serviço de entregas, colocando os drones para sobrevoar áreas pouco atrativas ou congestionadas até aeroportos, localizados em prédios comerciais, para que os entregadores recolham e entreguem a encomenda.
As vantagens do processo se dão para todos os lados. O consumidor terá sua comida mais rapidamente, visto que boa parte do trajeto será percorrido pelo ar em rotas aéreas estabelecidas pela Agência Nacional da Aviação Civil; já o entregador terá que percorrer menores distâncias para as entregas e optar por realizar entregas em somente uma região em torno de um aeroporto.
“Para voar, tem que certificar. Só que, para certificar, tem que voar.”
Bruno Henrique, vice-presidente em IA do iFood, entende que um tempo de entrega menor para o entregador é crucial para uma maior remuneração dos profissionais. Deve-se lembrar que não só o trajeto leva tempo, mas também acessar a casa ou apartamento em condomínio e o contato com o consumidor tomam alguns minutos valiosos em um dia de trabalho.
Drones + entregadores
Carlos Moyses, em entrevista para a Tilt, reafirmou várias vezes que não tem a intenção de diminuir os gastos com entregadores — embora gaste uma boa quantia com esses funcionários.
Os planos de Moyses incluem a criação de um sistema multimodal, visto que sempre dependerá de entregadores. “O ritmo de crescimento do iFood no mercado de delivery é muito maior do que a tecnologia de drone”, afirma o CEO.
A inserção de drones também melhora a imagem da empresa, visto que poderá diminuir a intensidade do trabalho dos entregadores.
Pioneira
O iFood será uma das primeiras empresas no Brasil a realizar entregas por aeronaves não tripuladas. A responsável pela iniciativa, SpeedBird, traçou um cronograma e estabeleceu que as entregas começarão em outubro, mas a ANAC ainda precisa fazer alguns ajustes.
A entidade de aviação tem se reunido com a companhia para estabelecer aspectos regulatórios e garantir a segurança das operações. O processo se torna ainda mais complicado por se tratar de aeronaves automatizadas, que sobrevoarão as rotas sem supervisão do condutor.
“É uma questão de ovo e galinha ao mesmo tempo”, brinca Samuel Salomão, um dos fundadores da SpeedBird.
Segundo o executivo, os primeiros voos do iFood serão cruciais para a aprovação com a Anac. “Para voar, tem que certificar. Só que, para certificar, tem que voar.”, completa. Ainda sem previsão de novos locais a receberem a iniciativa, a expectativa de Bruno Henriques, do iFood, é ter 100 rotas traçadas em Campinas; mas o vice-presidente reconhece que é importante não pular etapas nesse projeto.
E você, o que acha disso, será que seu pedido chegará mais rápido ou não chegará? Imaginaria que este ano já se iniciariam projetos como estes? Deixei seu comentário, gostaríamos de saber sua opinião.
Fonte [Uol]